quinta-feira, 4 de março de 2010

Vidas escritas

Não sou eu que escrevo a história da minha vida, pois se assim fosse, ela não teria tantos pontos finais e as milhares de interrogações que vejo desenhada com tinta vermelha no final de cada frase. Mas sim, infinitas vírgulas, além das palavras coloridas, alegres, transmitindo felicidade aos leitores dessa história.

Mas, contrariando todos os escritores de vidas impressionantes, digo que é a história de minha vida quem escreve o meu ser.

Os fatos importantes e os pormenores, os grandes eventos e os dias entediantes, as felicidades e as tristezas... Experiências que marcam, que cicatrizam e que nos modificam cada uma de um modo diferente.

É a lei da ação e reação. Tudo o que você fizer terá conseqüências, sejam elas boas ou não. Todo passo que você der lhe mudará completamente, para melhor ou pior.

Além disso, como podemos escrever nossas próprias histórias se a cada vez que tentamos tomar posição diante da vida, ela nos rouba o lápis, o papel e as palavras?

O controle de nossa história está tão próximo quanto o horizonte ou o arco-íris.

É a vida quem nos escreve.

Olhe para trás. O que vê? Uma pessoa totalmente diferente do que você é agora? Se estivesse no controle, era isso o que escreveria?

Você não está no controle de si mesmo. Você não está no controle da pessoa ao seu lado. Você não está no controle de suas emoções ou pensamentos. Você não está no controle da sua própria vida. Você não controla nada. Os lápis escrevem sozinhos.

Você faz a escolha, mas você não pode concretizá-la apenas por tê-la escolhido.

Tudo depende dos dados, lance-os. Quanto mais altos os números, mais você perde.

E então o que fazer? Desistir e deixar os lápis animados fazerem todo o serviço?

Isso, já é problema seu.

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