segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Árvores

Ah, se eu te amasse. Ah, se eu não te amasse tanto.

Seria tudo tão mais fácil se as respostas brotassem em árvores.

As árvores cujas flores são vermelhas me dariam a resposta se eu te amo, e as árvores cujo as flores são brancas me responderiam porque te odeio tanto se meu amor é tão intenso.

Mas as árvores também poderiam servir como lar, onde nos abrigaríamos, contemplando o pôr-do-sol. Á você eu pediria um beijo apaixonado, e á você desejaria que me deixasse em paz, que sumisse de uma vez da minha vida e deixasse minha felicidade aqui.

Mas é você quem eu quero. Mas é você que eu amo.

Mas é você que me faz tão bem...

Porque tudo tem que ser tão difícil? Porque meu coração precisa ser quebrado? Dividido? Porque a vida não é fácil?

Se uma parte deste coração quebrado está com você, quero que você o tenha por inteiro. Eu sei que você o merece.

Mas se está com você, prefiro que o arranque de mim completamente e o estilhace. Corte, pise, ateie fogo. Mate-o, mate-me. Mas não continue com essa tortura. Você sabe o que eu sinto, mas não sente o que eu sinto, então pare.

E você... Você sente o que eu quero sentir. Você é o que eu sempre quis, você é a minha felicidade personificada. Mas não te quero. Mas não sei se te quero. Não sei se te quero tanto assim. Não sei se deveria te querer tanto.

Continuo achando que as respostas deveriam brotar de árvores.

Assim, a primavera seria muito mais encantadora do que já é.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

É como se...

É como se eu fosse uma vampira e seu sangue fosse muito mais doce e irresistível para mim do que para qualquer outra.

É como se eu pudesse sentir o fogo queimando em minha garganta e o veneno inundando minha boca.

É como se o seu pescoço quente e macio convidasse meus lábios a tocá-lo.

É como se o desejo de tê-lo fosse maior que a barreira que impede meus braços de envolvê-lo.

É como ter sem poder ter.

É como não ter e, mesmo assim, querer ter.

É como te querer desesperadamente, muito mais que qualquer outra coisa, e saber que nunca terei.

É como não poder nunca querer.